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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Fabricação de Vinho

1856 – Começa em Diamantina a primeira fabricação de vinho de uvas na pitoresca quinta do inteligente agricultor, José de Sousa Neves, de nacionalidade portuguesa. Ao Sr. Neves cabe excelente supremacia e glória de ser o primeiro que iniciou a importante indústria da fabricação de vinho em Diamantina. Em 1868 iniciaram a cultura da videira no Seminário, Colégio de Nossa Senhora das Dores e diversas quintas da cidade, dando bons resultados as primeiras fabricações e sendo considerado vinho, como de superior qualidade.

                                Foto da internet - acervo Zé da Sé- Seminário

Hoje felizmente, a cultura da videira entre nós e a fabricação do vinho vão-se desenvolvendo com admirável progresso, nas quintas do Palácio de D. Joaquim, Seminário, Colégio Nossa Senhora das Dores, Sebastião Rabelo, Ricardo Pucini e Almeida, Quinta da Missão sendo todos bem premiados com medalhas grande de prêmio, de ouro e prata.
A junta médica de Diamantina considerou o nosso vinho como extrafino por ser puro suco das uvas e que mais ação benéfica exerce sobre os órgãos do corpo humano e acessível a todas as bolsas custando apenas a insignificante quantia de 2$500 e 3$000 réis a garrafa.
A fabricação do vinho de uvas depende muito cuidado não somente no vasilhame bem limpinho e colocados em lugar fresco e com a fiscalização diariamente do fabricante, em observar a fermentação. Se as nossas uvas fossem doces como as de Portugal não se precisava por açúcar na fabricação do vinho e podíamos fazer passas, como se fazem em Portugal e na Itália.
A maioria do povo principalmente as senhoras, preferem o vinho doce e a terça parte do povo, o vinho azedo ou seco, que é o de mesa, muito bom para a saúde. Bebendo-se somente meio quartilho em cada refeição.
Família Orlandi - Diamantina - Acervo Internet - fabricantes de Vinho


COSTA, João Henrique. A Estrela Polar, Efemérides de Diamantina e seu município, pág. 3, ano XXIII, nº 7, Dtna, 15 de fevereiro de 1925.

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