Foi exposto na redação de um jornal de Bonsucesso, (Minas)
um ovo de galinha posto no dia do eclipse. O ovo traz estampado, em relevo, o
sol com os seus raios e, colocada em frente á luz, deixa ver a lua. O
ovo-fenômeno tem sido admirado.
Na hora
certa do eclipse
A galinha
olhou p’ra cima:
E depois
lá estão no ovo
O sol e as
marcas do clima...
O fato é
digno de nota,
Extraordinário até:
Primeira
vez que se tira
Um retrato
em... marcha-ré!...
Em uma das
últimas sessões teatrais havidas no Cine Trianon, foi preciso que se abreviasse
o drama por causa da algazarra e indisciplina de garotos deseducados.
Nos dramas
que aqui se levam
Tomam
parte a molecada:
Fala alto, dá palpite,
Assovia e
diz piada...
Tal
celêuma até pertuba
Os
diálogos e o enrêdo:
E por causa
desses “zinhos”
O teatro
acaba cedo...
Lamentável
certamente
É mesmo
digno de dó
O fato de
tanta gente
Merecer o
xilindró.
Quando é
que esses moleques
Afinal se
emendarão?
- Ao serem
mais vigiados,
Recebendo educação.
Diamantina
esteve por várias noites com as suas ruas sem iluminação elétrica. Uns disseram
que foi por falta de certa peça na usina, ao passo que outros afirmaram que a
Hulha Branca cortou a luz das ruas em sinal de protesto pelo atraso de
pagamento da Prefeitura Municipal - de
cujos cofres aquela Companhia não vê um vintém há muitos meses...
A Hulha
Branca parece
Que este
programa se traça:
“Quem,
fiado, quer ter luz
Fique no
escuro... de graça!”
A Hulha
está esperando
Peça para
a maquinaria:
Mas também
do pagamento
Quer a
peça... monetária...
EX-PÊTO. A Estrela Polar, Alfinetadas, 1947
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