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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Crônica sobre a cidade


                                                Crônica sobre a cidade
Em Diamantina, quem tem notado, que tudo está virando coió sem sorte? Nem um coreto mais, onde uma das bandas possa fazer uma retreta. —E o celebre bolo d'arroz, quem se lembra? Desde que o galo do Amparo deixou de girar, não cantou mais, tudo, por isso, mundou; a Capital vai sendo o refúgio...




Alguns, raramente, depois da cabeça quebrada, voltam ao ninho mater...
 Em Diamantina, precisa-se sacudir muita coisa, revolvamos ao saudoso passado. Um dramazinho daqueles inteligentes amadores, ao menos para matar a saudade.
Em Diamantina, como em toda parte, o mês de Agosto já vai pelo meio, muito frio; mas agora, nos veio ele pela moderna onda. Hoje, o frio vem pela onda, antigamente, o resfriado não era gripe, mas sim influenza. Até menino branco e rico, quem nos traz pelo bico, não é a cegonha?
Em Diamantina, há muito tempo, que os tradicionais mastros sobem com luz elétrica. Mas, este ano, os srs. mordomos das Mercês tiveram que recorrer as fogueiras de canela (combustível), porque a cidade estava escura.
Pilus, Voz de Diamantina, 1948, nº 39. Diamantina

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