Bento Joaquim de Siqueira Henrique da Ayalla

Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla, Capitão (Ordenança?)

pai: Rodrigo José de Siqueira Henriques mãi: Jacinta Caetana Sarmento n.: ?, Portugal [?], ±1720-1730. bat.: ?, Portugal [?], ±1720-1730. f.: Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, 1775. sep.: Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, 1775. c.: Arraial do Tejuco, MG, Brasil, ±1766, nas terceiras núpcias desta. c.c.: Ignácia Mendes Ramos (n. Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, ±1735-37; bat. Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, ±1735-37; f. Vila do Príncipe, MG, Brasil, 27/abr/1819, com ±84 anos de idade), filha de ? e de ?. escolaridade/formação: Tinha, pelo menos, as "Primeiras Letras" e sabia "Contar", por ter sido Fiscal e Tesoureiro da Intendência dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil. profissão/atividades: Foi contratante de serviços públicos, cerca de 1762. Foi funcionário da Intendência do Diamantes e da Real Extração dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, de 1763 até seu falecimento, em 1775. Também foi pequeno agricultor. serviço militar: Tinha o posto de Capitão, muito provavelmente de Ordenança. honrarias/mercês: Entre as honrarias que recebeu, foi armado Cavaleiro e professou na Ordem de Christo e foi feito Fidalgo da Casa Real, como consta de uma Procuração que passou para receber os ordenados de Fiscal dos Diamantes, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, em 1770. religião/confrarias: Certamente, era católico apostólico romano, embora não tenhamos encontrado sua matrícula em qualquer confraria religiosa laica do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, ou qualquer outra, da Vila do Príncipe, MG, Brasil. escravos: Nos registros da Real Extração dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, existem pagamentos de "jornais" de escravos dos "Orphãos de Bento Joaquim" ou a "Os Filhos de Bento Joaquim", pelo menos desde 1777 até 1784, fazendo supor que estes escravos tenham sido herdados do pai. diversos: Imagina-se que, tendo chegado ao Brasil em algum ponto do seu território, dirigiu-se para as Minas Gerais, onde estima-se que tenha chegado por volta do ano de 1760. O mais antigo registro dele é de 29/dez/1762, um Crédito de um Contrato de Entradas, do Serro Frio, por ele pago, indicando que teria sido arrendatário desse serviço público terceirizado. Admitindo-se que fosse português de origem, pode-se estimar que teria chegado ao Brasil nesse mesmo ano ou num dos imediatamente anteriores, isso é, no período 1760-1762. Já no ano de 1763, era o Tesoureiro da Intendência dos Diamantes, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, existindo registros dele pelo menos até 1769, sendo provável que tenha continuado nesse mesmo posto até 1771. No dia 07/out/1772, Bento Joaquim era o "Fiscal dos Diamantes", da Intendência do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, tendo permanecido nesse cargo até o ano de 1773, quando foi nomeado um novo Fiscal. Ele só terá se aproximado de Ignácia Mendes Ramos, embora certamente já a conhecesse, por morarem na mesma localidade, estima-se que por volta do ano de 1765 ou 1766, porquanto a primeira das filhas conhecidas desse casal, Luiza Victória de Siqueira Henriques de Ayala, nasceu na Capela de Santo Antônio do Arraial do Tejuco, da freguesia de N. Sra. da Conceição da Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 19/set/1767, e aí foi batizada, em 05/out/1767. Pode-se constatar que Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla era muito ligado tanto à mulher como à descendência desta, uma vez que foi Curador de Ângelo Rodrigues Nogueira, certamente como dos demais filhos menores dela, como se verifica no registro de pagamentos feitos a este último, em que o primeiro recebeu, no ano de 1774, porquanto no ano seguinte, devido ao falecimento de Bento Joaquim, foi Procurador o Padre Frutuoso Gomes da Costa. Com Ignácia Mendes Ramos observa-se o mesmo, isso é, que no ano de 1774, Bento Joaquim foi Procurador dela, para receber da Real Extração dos Diamantes, enquanto no ano seguinte, de 1775, o Procurador foi o Padre Frutuoso Gomes da Costa. Uma boa prova da estreita relação de Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla com a família de Ignácia Mendes Ramos é o fato de que ele foi o Tutor de Ângelo Rodrigues Nogueira, vale dizer, dos filhos menores do segundo casamento de Ignácia Mendes Ramos, com um "Rodrigues Nogueira" cujo primeiro nome ignoramos, como o mostram os registros da Conta Corrente de Ângelo Rodrigues Nogueira, com a Real Extração dos Diamantes, do ano de 1774, posto que no ano de 1775, certamente Ângelo Rodrigues Nogueira terá atingido a maioridade, fazendo-se representar por seu procurador, o Padre Frutuoso Gomes da Costa. A prova do relacionamento direto de Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla com a própria Ignácia Mendes Ramos está nos registros da Conta-Corrente desta com a Real Extração dos Diamantes, onde se verifica que aquele foi o Procurador dela no ano de 1774, enquanto o Padre Frutuozo Gomes da Costa foi o procurador dela no ano de 1775. Por ter recebido todos os pagamentos do ano de 1774, isso é, de Janeiro até Dezembro, ele só o poderia estar vivo porque o fez pessoalmente, como prova sua assinatura, no início do ano de 1775. Quanto aos pagamentos do ano de 1775, foram recebidos por seu testamenteiro, Estêvão Duarte Fróes, indicando que ele havia falecido, durante o ano de 1775, em data que ainda ignoramos. Existe, portanto, uma explicação para a ausência do nome de Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla nos registros da Real Extração dos Diamantes do ano de 1775, como se verifica nos registros da Conta-Corrente dele mesmo, constatando-se que se ele próprio recebeu no ano de 1774, já no ano de 1775 o pagamento foi feito a seu testamenteiro, Estêvão Duarte Fróes. Não há dúvida de que Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla se radicou no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, tornando-se um pequeno produtor rural, porquanto ele pagou dízimos do período 1771-1774, de uma fazendola, ou sítio, ou chácara, nessa mesma localidade, no valor de três (3) oitavas de ouroouro, o qual foi lançado em 09/abr/1776 e pago em 21/jun/1777. A partir do ano de 1777 até o ano de 1782, os registros que se encontram estão em nome dos "Órfãos de Bento Joaquim", enquanto desse ano até 1785, os registros são em nome dos "Filhos de Bento Joaquim", indicando que eles ainda estavam solidariamente unidos, talvez porque os bens herdados, aí se incluindo os escravos, ainda estivessem sendo inventariados, ou talvez por conveniência em administrá-los em conjunto. É bem provável que, depois do ano de 1785, ou seja, de 1786 em diante, pelo fato de uma ou mais das filhas de Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla e de Ignácia Mendes Ramos terem atingido a maioridade, os escravos delas tenham sido alugados separadamente à Real Extração dos Diamantes, motivo pelo qual não há mais registros de pagamentos de serviços conjuntos deles. Devemos também observar que o Tutor dos "Órfãos de Bento Joaquim", Estêvão Duarte Fróes, só os representou e ao próprio pai deles, nesse caso como testamenteiro, de 1775 até o ano de 1779. De 1780 em diante, pelo menos até 1784, foram Procuradores dos "Órfãos de Bento Joaquim" ou "Filhos de Bento Joaquim", entre outros, os meio-irmãos maternos, também filhos de Ignácia Mendes Ramos, Ângelo Rodrigues Nogueira e Custódio Rodrigues Nogueira. O Padre Estêvão Duarte Fróes, que era Presbítero do Hábito de São Pedro, o qual havia sido testamenteiro e inventariante de Bento Joaquim de Siqueira Henriques da Ayalla atestou, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, em 20/dez/1779, ter rezado 24 missas pela alma do falecido, por ordem do Procurador da Irmandade do Santíssimo Sacramento, Luís Gomes da Fonseca. Assinava-se comummente "Bento Joaq.m de Siqr.rª H.es da Aÿalla [sinal]" e "B.tº Joaq.m de Siqr.rª H.es da Aÿalla [sinal]". residência: Arraial do Tejuco, MG, Brasil. filhos: Com Ignácia Mendes Ramos (2 ou +): Luiza Victória de Siqueira Henriques da Ayala e Maria Magdalena de Siqueira Henriques da Ayala.