Crônicas diamantinenses
Uma das formas do diamantinense
fazer as suas criticas cotidianas eram observadas e colocadas nos periódicos da
cidade, fazendo as suas criticas e chamando atenção das autoridades para
resolver os problemas do dia-a-dia. As crônicas eram as alfinetadas aplicada a
sociedade diamantinense. Muitas das
famílias tradicionais da cidade, temiam as críticas dos periódicos, tornarem em
escândalos ou deboches. Segue uma das crônicas do Pseudônimo Pilus .
Caramelos.
Em Diamantina, não deixa de
incomodar os hospedes, em casa bonita, onde não se pôde dormir um tal o cheiro
... de porco a grunir; de pombo a arruar; de pato a gracitar, e de galinha a
carcarejar. A Saúde Pública, numa fazenda de criação, tem muito que fazer.
Em Diamantina, onde os animais
fazem questão fechada de passear, á noite, pelas ruas iluminadas, verificou-se,
há dias, um encontro feliz com uma sra. vaca ousada, que aprecia mais os pastos
irrigados da urbe. Em Diamantina, como a
civilização anda apurada! Os pobres pedintes de porta não usam mais bater,
preferem as palmas civilizadas ... Quantos, para atender, mudam de roupa e dão
com um pedinto maltrapilho, que espera a esmola
Em Diamantina, quando um juiz de
festa rói a corda, diz-se que a joia caiu em exercício fundo...
Em Diamantina, apesar de seu
clima delicioso e da água cristalina, como não grassar tifo, se dejetos se
fazem nos becos e arremessam até rebuçados nas ruas ?
PILUS. Estrela Polar, 1961, nº1, Diamantina
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