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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A festa dos animais


Crônicas diamantinenses
Uma das formas do diamantinense fazer as suas criticas cotidianas eram observadas e colocadas nos periódicos da cidade, fazendo as suas criticas e chamando atenção das autoridades para resolver os problemas do dia-a-dia. As crônicas eram as alfinetadas aplicada a sociedade diamantinense.  Muitas das famílias tradicionais da cidade, temiam as críticas dos periódicos, tornarem em escândalos ou deboches. Segue uma das crônicas do Pseudônimo Pilus .

 Caramelos.
Em Diamantina, não deixa de incomodar os hospedes, em casa bonita, onde não se pôde dormir um tal o cheiro ... de porco a grunir; de pombo a arruar; de pato a gracitar, e de galinha a carcarejar. A Saúde Pública, numa fazenda de criação, tem muito que fazer.
Em Diamantina, onde os animais fazem questão fechada de passear, á noite, pelas ruas iluminadas, verificou-se, há dias, um encontro feliz com uma sra. vaca ousada, que aprecia mais os pastos irrigados da urbe.  Em Diamantina, como a civilização anda apurada! Os pobres pedintes de porta não usam mais bater, preferem as palmas civilizadas ... Quantos, para atender, mudam de roupa e dão com um pedinto maltrapilho, que espera a esmola
Em Diamantina, quando um juiz de festa rói a corda, diz-se que a joia caiu em exercício fundo...
Em Diamantina, apesar de seu clima delicioso e da água cristalina, como não grassar tifo, se dejetos se fazem nos becos e arremessam até rebuçados nas ruas ?
PILUS.  Estrela Polar, 1961, nº1, Diamantina

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