"8 DE FEVEREIRO DE 1705 "-
Derrubando os aventureiros bandeirantes a mata no atual Largo do Rosário ou Praça D. Joaquim e Cavalhada Velha, para construção de prédios, no mesmo Largo encontraram uma índia com uma criança nos braços, colhendo frutas silvestres. Vendo ela o Capitão-Mor levantou as mãos para o céu dizendo; "Cury Matuá, Terey ". Fora chamado um Padre que viera com os descobridores e que entendera que as palavras indígenas pediam misericórdia. Pediu aos derrubadores que não a matassem e nem a escravizassem e a mandou embora.
No mesmo dia foi descoberta, onde hoje é o Largo D. João, uma aldeia, por uma turma de paulistas, portugueses e africanos havendo feroz combate com os selvagens que eram da tribo dos Puris. Foram estes derrotadas na mataria que ficou chamando "Caminho do Fogo " e agora "Rua do Fogo ". Foi rápida a vitória dos bandeirante porque o bacamarte boca de sino era-lhes pavor.
No dia 14 de agosto de 1705, nas matas à margem esquerda do ribeiro "Pururuca "os trabalhadores das minas de ouro foram atacados pelos índios Purís, tendo morrido na luta 150 índios, 18 Paulistas, 32 Portugueses, 5 Franceses, 4 Italianos, 3 Espanhóis e 20 Negros. Os Selvícolas atacaram de surpresa e à traição.
Zé da Sé.
Lenda indígena
Próximo ao Arraial do Tejuco, hoje cidade de Diamantina, havia uma poderosa tribo de índios que vivia em constante luta com os tejuquenses e, inclusive, invadia o arraial em alguns momentos. No local havia um grande cedro que os índios, na sua língua, chamavam de “Acaiaca”. Contavam eles que, no começo do mundo, o rio Jequitinhonha e seus afluentes encheram-se tanto que transbordaram, inundando tudo. Os montes e as árvores mais altas ficaram cobertas e todos os índios morreram. Somente um casal escapou, subindo na Acaiaca. Quando as águas baixaram, eles desceram e começaram a povoar a terra de novo. Os índios tinham, portanto, grande veneração por essa árvore e acreditavam que se ela desaparecesse, a tribo também teria o mesmo fim.
Os portugueses que habitavam o arraial, conhecedores daquela crença, esperavam uma oportunidade para derrubar a Acaiaca. No dia do casamento da índia Cajubi, enquanto os índios dançavam em comemoração, os portugueses derrubavam a árvore a golpes de machado. Quando os índios viram cair a árvore sagrada, ficaram aterrorizados. Pouco tempo depois da morte da Acaiaca surgiu uma grande desavença entre o cacique da tribo e os principais guerreiros. A desarmonia entre eles terminou em uma luta com muitas mortes. No dia seguinte, os tejuquenses não encontraram o menor sinal da Acaiaca. Diz a lenda que foi a partir dessa noite que os garimpeiros começaram a encontrar diamantes, que surgiram dos carvões e das cinzas daquela árvore sagrada.
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