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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Apelidos coisa antiga do diamantinense

Foto do google - Festa Nossa Senhora do Rosário- Dtna-MG
Quem nasceu em Diamantina ou convive em seu meio nota logo sua originalidade em apelidos, alguns mais extravagantes, o que vem desde seus antigos tempos.
 A expressão "guansa", por exemplo, é um termo antiguíssimo, que usavam os nossos antepassados, quando estavam uma pessoa muito feia ou desajeitada.
  Nomes esquisitos eram aplicados em homens e mulheres, todos expressivos, como por exemplo: Josefina Gangêra, que teve morte trágica, vítima de uma faísca elétrica, há muitos anos, no Alto dos Cristais; Frutuosa  Pau de Sebo, por que subiu no Pau de Sebo, em um sábado de Aleluia; Aninha de Bronze, porque ninguém podia com ela no língua; Juca Potifarra, chamado também de Morcego da Luz (manquitola,. por pertencer á extinta arquiconfraria de São Francisco da Luz, e costumava pedir velas de cera nos enterros para si.
  Este se celebrizou pelas garrafas cheias de urina choca que atirava contra os vadios seus gratuitos perseguidores á rua do Carmo, onde morava; Aninha Carniça, velha tijucana, que andava de capona e cartola.
  Ouvi da boca de um moleque de rua, quando chamava a um seu colega: de Chico Microtone, porque ele conversava demais, Vovó me dá Pó, tinha a especialidade de dar paulada nas pessoas sem aviso. Bastava ás vezes do nada você distraído na missa levava aquela bordoada. Outro era apelidado de Sorriso. Sem dentes nenhum na boca vivia sorrindo para as pessoas.
 Hoje temos alguns que são vivos vivem pelas ruas de Diamantina, fazendo as suas "festas". O Cazuza ou apelidado de "Ferro Velho, Lata Velha, Carro Velho", os seus bordões são cabeludos, nomes feios e terríveis deixa qualquer uma pessoa decente e educada sem lugar. A boca dele espuma e ele começa a ficar meio gago e solta os seus verbos afinados de palavrões e pega uma pedra e ameaça atirar na pessoa que mexeu com ele. E se deixá-lo nervoso aí que ele atira as pedras e leva quem está desavizado.  Também tem costume de andar pelas ruas como se fosse um carro: - anda prá frente e dá uma freiada com o seu corpo e fazendo o barulho da frenagem. Ora acelera o carro com o seu corpo com as mãos prá frente simulando que está dirigindo. Oras dá marcha ré e freia e fazendo barulho com a boca simulando o carro. Basta um gritar Ferro Velho!  Os palavrões e as pedradas são atiradas por todos os lados. Outro que vivia andando pelas ruas de Diamantina vendendo as coisas e gritava; - "Ao picolé dos grandes!"  Com este bordão pegou apelido de "Dos Grandes". Outro que andava pelas ruas, principalmente no centro e tinha mania de fazer discurso falando mal das pessoas. Ficou com o apelido de "Paraguaio". Outro que também andava pelas ruas pedindo dinheiro e fazia também suas artes atirando pedras e xingando as pessoas, principalmente quando a meninada mexia, devido o seu rosto ser meio torto e olho também torto ficou com o apelido de "Pinto Cego". Era só gritar Pinto Cego, que os palavrões começava junto com as pedras. E muitas vezes ele abordava as pessoas: "Ô!Ô!Ô! e tem uma enorme dificuldade de falar. Outro também que atacava as pessoas ás vezes do nada ou quando alguém mexia com ele, tinha o apelido de "Telequete", devido de ser briquento e agredir fisicamente as pessoas. Outra que andava pelas ruas do Velho Tijuco é Maria Copo Furado. Se a pessoa gritava Maria Copo Furado. A mulher virava uma "capeta". Era tantos palavrões e a sua defesa era levantar a saia e mostrar a bunda para a meninada. Ela não usava a calçinha. E a meninada não perdia. Assim Diamantina guarda com carinho essas pessoas que fizeram e fazem parte da nossos tipos populares com suas manias, apelidos e um pouco de loucura. 

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