Vou contar uma história que ficou conhecida.
A noite em volta da fogueira. Caía o sereno frio, o senhor Almerino da Conceição Assunção, contava um caso que aconteceu com ele, que nos dava arrepios.
Segundo ele o seu pai tinha o nome de Gonçalo. Gostava de tomar uns golos. Numa dessas noite saiu para comprar alguns mantimentos que faltava. Saiu aproximadamente umas seis horas da tarde, já estava escurecendo, como dizia os antigos na boquinha da noite. Foi até um comércio chamado Boa Vista, antigamente era uma mina de extração de diamantes pela companhia americana. Era tão movimentada que parecia uma cidade. Hoje apenas ruínas e algumas casas isoladas. Bem continuando a história. Chegando em Boa Vista, fez as compras e aproveitou também para "molhar a garganta". Saindo do comércio mais ou menos ás onze horas, chamou os cachorros que o acompanhavam e pegaram a trilha de volta para casa. Num local onde tem um Ribeirão que encontra com o Jequitinhonha há uma campo gramado com muitos cupinzeiros e um enorme pé de gameleira. Um lugar sossegado e bonito na luz do dia. A noite não dá para apreciar a não ser quando a lua é cheia você tem uma visão melhor do local. De repente os cachorros refugaram, pararam e rosnavam com os pelos todos arrepiados. Parecia que tinha visto algo ou algum animal selvagem estava ali por perto. O seu Gonçalo, parou para ver o que estava acontecendo, os cachorros com os pelos arrepiados e rosnavam. Os cachorros não tinha coragem de sair de perto do cavaleiro. O seu Gonçalo cismado, teve que enfrentar o medo, tinha que passar por aquela trilha. Não tinha outro caminho. Voltar para trás o povoado estava longe demais. Se for bicho selvagem com os cachorros eu espanto, pensou. Desceu do cavalo e empunhando a sua espinguarda, a lua nova iluminada um pouco a escuridão da noite, mas era o suficiente para espreitar. Ao aproximar do cupinzeiro ele notou que aumentou de tamanho. Logo deu um grito: - Quem tá aí! Ninguém respondeu. O vento que passava sobre a gameleira fazia um barulho enorme sobre as folhas e galho. Seu Gonçalo, continuou em frente. Ao aproximar do cupim, uma coisa estranha lhe joga no chão e começa os dois a se rolarem entre os cupinzeiros. Os dois travavam uma luta, onde seu Gonçalo arrancou uma faca da sua bainha e deu uma facada na coisa. A faca entrou na coisa, mas não sangrou e a faca continuava limpa. Seu Gonçalo continuava a esfaquear a coisa, Nada! Então pediu ajuda a Deus que lhe ajudasse nessa hora e a coisa deu um gemido e disparou para o mato como se evaporasse. Dessa hora em diante o seu Gonçalo ficou com tanto medo que até um galho que esbarrasse nele, dava um grito de susto e os seus cabelos arrepiava. Desde dia em diante nunca mais saiu a noite para ir para o comércio fazer compras. Alguns moradores dizem que ele lutou contra o lobisomem. Outros acham que foi outra coisa!
História contada por Silvio, aluno do II EJA, E. E. Professora Gabriela Neves.
História contada por Silvio, aluno do II EJA, E. E. Professora Gabriela Neves.
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