Quem
passa, mesmo desapercebido, pela travessa da rua do Amparo, que vae ter á praça
Barão de Guaícui, ou. do Mercado, nesta cidade, depara o, depois contempla, atônito,
um quadro de aspecto triste, enternecedor!
• E'
o estado de ruína e o abandono em que jaz o velho e tradicional templo, tão simpático,
de N, S. do Amparo, com suas paredes esburacadas; ameaçando ruir. O interior,
com a ausência dos altares e os barrotes do soalho semas taboas, a torre sem os
sinos, tudo, enfim, até o lixo e o mais que os desumanos e sacrilégios ali
atiram, infunde a quantos o observam, um quê de constrangimento, de saudade e dor!
A que estado ficou reduzido a antiga Capela Imperial!
Fala-se
na reconstrução do velho templo, e até alguns devotos têm trabalhado,
angariando donativos para o meritório fim. Mas, os dias passam, e um quê de desânimo
impera, sendo adiado e sempre adiado o empreendimento da obra,
Como
não ficaram abalados os corações de tantos fieis diamantinenses,
ao
presenciarem o aspecto do velho templo, por ocasião daquela cerimônia
enternecedora de sexta-feira das Dores !...
Parara
o andor da Virgem, em frente á porta do esquecido tem pio, enquanto a orquestra
executava o terno motête, que, consternou a alma dos assistentes,
Diamantinenses,
devotos de N.do Amparo, nada de desânimes Que se revistam de coragem, e, quanto
antes, reergamos o templo em ruinas, da nossa tradicional e ainda viva devoção.
O
Divino nos guiará com sua luz e N. Senhora com proteção e seu amparo.
Fonte Bibliográfica.
Capela
Imperial, Xisto Reis, Voz de Diamantina, 11 de Abril de 1936, número 9. Pág. 1.
Foto:
Internet
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