Nos antigos tempos, a nossa cidade era iluminada, primeiro, azeite fumarento, com grandes lampiões de folha, suspensos por correntes, ás esquinas das ruas Veio, depois, a iluminação a querosene, em lampiões, feita por arrematação, e havendo empregados para ascender, ás 6 horas da tarde, e apagar, ás 12 horas da noite, os lampiões, os quais faziam o serviço carregando escadas nas costas.
O interessante é que no período lunar, não havia iluminação; os lampiões eram retirados dos postes, e passavam por uma limpeza, sendo recolocados depois da lua cheia.
Quando havia espetáculos no velho Teatro de Santa Isabel, os lampíões a querosene sé eram apagados meia hora depois que aqueles terminavam.
Veio-nos, em seguida, a iluminação a gás acetileno, que pouca ou nenhuma vantagem oferecia. Afinal, veia a luz elétrica, a princípio muito boa e, depois, péssima com o aumento do consumo.
Diamantina, hoje, tem ótima luz.
Em certa ocasião que a cidade ficou ás escuras, o saudoso Juca Boi arrancou pedaços de archótes e os colocou nos lampeões.
A proposito da tradicional festa do Divino, nos antigos tempos de Diamantina, contvam os antigos: Certa vez, foi sorteado imperador um velho de vida irregular, que vivia em união ilícita.
Isto explica-se, porque, nos antigos tempos, não havia seleção na escolha de pessoas, para servir como festeiros.
O homem ficou tão comovido e contente com a escolha do Divino, que foi logo á igreja do Amparo; e, diante do trono, abre os braços e assim se exprime; "Ah! seu Divino, até que, enfim, você me desabusou, vou-me casar com a bruáca velha e..."
É excusado dizer que o casamento, se efetuou logo.
Voz de Diamantina, 1947, pág. 3.
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