Sempre a saudade consola.
Quem não se recorda dos antigos tempos em que disputavam a
supremacia nesta cidade as tradicionais bandas do Corinho e do Corão?
A do Corinho , que teve como
seus fundadores os nossos saudosos conterrâneos José Eustáquio e Luiz Fernandes
de Azevedo, este geralmente conhecido pelo nome de Luiz do Alberto, emprestou,
por longos anos, o brilho de seu talento musical, quer como compositor
primoroso, quer como executor, o saudoso maestro Antônio Efigênio de Sousa,
- o Paraguai.
Depois deste, dirigiu também
essa banda, por muitos anos,
emprestando-lhe sua brilhante cultura musical, e conseguindo mantê-la, por um
longo tempo, vencendo toda a sorte de dificuldades, até que se viu forçado a
dissolvê-la, o maestro João N. Ribeiro Ursini.
Acervo Zé da Sé. foto
A banda Corão, de que era
diretor-regente o saudoso Cláudio Augusto Ribeiro de Almeida, também fez a sua
época e prestou a Diamantina grandes e inolvidáveis serviços.
Modesto Ferreira, o primoroso
violonista, no louvável intento de contentar as duas bandas, ou porque era
indispensável em ambas, fazia parte integrante, tanto dop Corão, como do
Corinho.
E quem não se lembra do alferes
– maestro João Batista de Macedo, autor da belo protofonia – “Lamentos de
Etelvina”?
Este
pertencia á banda do Corão.
“Muitos músicos de valor teve a Diamantina, outrora
rica e lendária cidade, hoje sem uma corporação musical, para as suas festas
tão atrativas e tradicionais!”
E que tristeza! Em vez de
progredir, retrocedemos?
VD, pág. 3, nº 44, 1944.
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