Quando esta Casa de Estudos era
também equiparado ao Ginásio Nacional, os professores planejaram a criação de
uma Banda Musical para suas festas internas e para a formação do gosto lírico
dos alunos – 1909 o “projeto 11 de fevereiro” foi escrito nos cadernos da Casa,
os instrumentos foram feitos e no mês de Outubro de 1950 era oficialmente
inaugurada.
Foi o seu primeiro maestro o Padre
Paulo Kergoziên que veio a falecer em 1950 em Constantinopla. Seu auxiliar, o
Padre Carlos Leonardo Lidstron que até a pouco exercera o mesmo honroso ofício
no Colégio do Caraça. Partindo o P. Paulo para a França na Guerra de 1914 o Sr.
P. Carlos o substituiu até 1929 ano em que entregou a batuta lírica ao sr. P.
José Dias d’Avelar.
Em 1911 a nova Banda tocava
pela primeira vez em público na Rua do Contrato perante Dom Joaquim e Dom Lúcio
Antunes. Em 1913 o missionário P. Manoel Franco González, chegado há pouco do
Paraná, fotografou a filarmônica eclesiástica notando-se além dos dois maestros
estudantes Olimpio Mourão Filho, o Sr. Fócas, Davino Morais, Raimundo de
Almeida e Silva, Moura (do Serro), Sadi Augusto Rabelo, Niquinho, Navais,
Badaró, Duque e outros...
Até hoje vem prestando
serviços, - No Centenário da Independência, foi a única Banda que tocou na
cidade; a Linha de Tiro algumas vezes foi puxada por ela; quando o Sr. Nuncio
D. Angelo Scapardini esteve em Diamantina, tocou diante do Palácio; em algumas
procissões de “Corpus Christi” abrilhantou as cerimônias religiosas; nas
“férias de Conselheiro Mata” era a alegria dos Seminaristas...
De 1929 a 1939 o maestro P. Avelar aumentou os
instrumentos e amiudou os ensaios.
De 1940 em diante, outro maestro
Padre Rubem da Silveira Matos continuou as tradições de seus antecessores até
ser transferido para trabalhos diferentes no Serro.
Acerco Zé da Sé - músicos
Ultimamente, na Reitoria do
Sr. P. Manoel Carlos Pereira, o instrumental foi aumentado e cromado - Os maestros modernos o vão conservando em
bom estado e aumentando o repertório musical...
Diante do Seminário, no teso
da Pitangueira, há um Sobrado propriedade e residência do Sr. Manoel José Nobis
– Este ótimo senhor é também maestro. Encontrando-se comigo disse: “Seu Osório,
a Banda do Seminário e a do Téso da Pitangueira são vizinhas de frente, e muito
próximas; creio que é só em Diamantina é que há esta novidade!”
Creio que
sim, maestro respondi eu.
Fráguas, Osório, VD., pág. 4, nº 48,
1955.
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